Certamente você já ouviu falar nas dark kitchens, estabelecimentos de serviço de alimentação que oferecem apenas comida para viagem e que são chamados, popularmente, de “cozinhas fantasmas”. Elas já eram tendência no Brasil, mas cresceram ainda mais após o início da pandemia e têm conquistado cada vez mais notoriedade com o aumento de pedidos via delivery. Segundo dados do Instituto Foodservice Brasil (IFB), 51% dos consumidores faziam as refeições dentro do estabelecimento e 49%, fora. Hoje, mesmo com a reabertura de bares e restaurantes, 85% comem fora do restaurante e apenas 15%, dentro.
Esse tipo de estabelecimento tornou-se atraente para os empreendedores porque requer um investimento muito menor do que o necessário para abrir um restaurante tradicional. O empreendedor só precisa de uma cozinha, um cozinheiro, um produto e um contrato com um aplicativo de entrega para iniciar o negócio. Segundo dados da Euromonitor International, as dark kitchens podem gerar um mercado de cerca de R$ 5 trilhões até 2030 no mundo.
Grandes redes de franquias se renderam ao novo conceito, inclusive mirando o aumento dos seus faturamentos e do número de unidades franqueadas. O objetivo é atrair empresas com experiência em alimentação, como lanchonetes, hotéis, buffets e restaurantes, que têm interesse em operar com alguns itens da marca. A ideia é que o tempo ocioso dessas cozinhas seja aproveitado para produzir os pratos.
Desenvolvido, testado e aprimorado a partir de uma operação própria de dark kitchen em São Paulo, o formato de negócio tem custos operacionais reduzidos. Enquanto o aluguel de uma loja tradicional em shopping chega a custar R$ 60 mil mensais, a locação de um espaço para a cozinha, apenas de entregas, fica em torno de R$ 3 mil.
E, mesmo com os custos específicos dos sistemas de entregas, o retorno financeiro da operação acaba sendo atrativo para o investidor.
FONTE – Mercado e Consumo