Com exceção das grandes redes, que têm um departamento de RH bem estruturado, a escala de folgas no restaurante, em estabelecimentos menores, é quase sempre feita pelo administrador ou chefe de cozinha.
Trata-se de uma atividade bastante desafiadora, tendo em vista que é preciso cumprir a legislação, respeitar os limites dos funcionários e, ao mesmo tempo, manter o estabelecimento em pleno funcionamento.
Conforme explica a gastróloga Carieli Leites, “em restaurantes, os colaboradores quase sempre trabalham sobre pressão exaustiva, de modo que o cuidado é para que não fadiguem, dando um descanso justo para que a produção siga com qualidade”.
Como fazer uma escala de folgas no restaurante?
Como muitos restaurantes funcionam sete dias por semana, é importante que se busque na legislação trabalhista, o modelo de escala mais adequado para cada situação.
Atualmente existem seis tipos de escala de folgas no restaurante que podem ser realizadas. Confira!
Escala 5×1
Nesse tipo de escala de folgas no restaurante, a cada cinco dias trabalhados, o funcionário tem direito a um dia de folga. A duração máxima da jornada deve ser de 7 horas e 20 minutos.
Escala 5×2
Nessa escala, são trabalhados cinco dias e folgados dois durante a semana. Vale lembrar que as folgas não precisam ser consecutivas. Já a jornada diária, deve ter, no máximo, 8 horas e 48 minutos de duração.
Escala 6×1
Aqui são trabalhados seis dias por semana, seguidos de uma folga. Esse é um dos modelos mais comuns nos restaurantes, mas deve-se respeitar um limite de 8 horas por dia de jornada.
Escala 12×36
Escala 18×36
Na escala 18×36, são trabalhadas 18 horas corridas, seguidas por 36 de descanso. Por ser bastante exaustiva, ela é pouco recomendada para restaurantes.
Escala 24×48
Aqui são trabalhadas 24 horas diretas, seguidas por 48 de folga. Essa modalidade é bastante comum para médicos e policiais, mas quase não se aplica em restaurantes.
Independentemente da escolha feita, existem algumas regras que devem ser observadas, como destaca Leites: “É assegurado a todo trabalhador um descanso semanal de, no mínimo, 24 horas consecutivas. Essa folga deve coincidir com o domingo pelo menos uma vez a cada sete semanas”.
A especialista ainda comenta que, no trabalho contínuo, cujo período exceda seis horas, é obrigatório um intervalo para o repouso e a alimentação de, no mínimo uma e no máximo duas horas consecutivas.
Mais do que seguir às leis, ao fazer uma escala de folgas em restaurantes, é preciso ter um senso de justiça, até mesmo para conquistar a retenção de talentos. Leites explica que é necessário ser justo com todos os funcionários e respeitar o descanso semanal, fazendo revezamentos.
Assim, os colaboradores se sentirão respeitados, poderão gozar de suas folgas com uma frequência programada aos finais de semana, para aproveitar com suas famílias e amigos. Isso tudo resulta em um time mais engajado e disposto a cumprir com as tarefas de forma correta no restaurante.
Fonte: Fispal Food Digital