Nessa quarta-feira, 1º de julho, aconteceu a primeira greve nacional dos entregadores de alimentação por aplicativo, que reuniu trabalhadores que prestam serviço para empresas como Ifood, Rappi, Loggi, Uber Eats e James. O movimento ganhou força em diversas capitais do Brasil, incluindo São Paulo, e demais cidades da região, como Osasco e Barueri, que fazem parte da base do SinHoRes Osasco – Alphaville e Região.
Em Barueri, os manifestantes se concentraram em frente à sede da Loggi. Já em Osasco, os entregadores se reuniram embaixo da Ponte Metálica.
Os trabalhadores reivindicam transparência sobre as formas de pagamento adotadas pelas plataformas; aumento no pagamento das corridas e da taxa mínima de entrega; seguro de vida, cobertura contra roubos e acidentes; fim dos bloqueios e desligamentos indevidos; fim do sistema de pontuação, que delimita e define os tipos de entrega que os motoboys podem fazer; e custeio de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante a pandemia, como fornecimento de máscaras, luvas e álcool gel. “O cúmulo é esses trabalhadores terem que tirar dinheiro do próprio bolso para garantir a segurança deles enquanto estão trabalhando. Da mesma forma que o setor de bares e restaurantes deverá seguir uma série de protocolos higiênico-sanitários, que dão segurança aos clientes e colaboradores, essas empresas de entregas por aplicativo também devem oferecer as condições de prevenção durante a pandemia”, afirmou o presidente do SinHoRes, Edson Pinto.
O sindicato empresarial apoia totalmente a greve e delibera com bares e restaurantes da região se aderem ao movimento também. “Não é possível que empresas de aplicativo, que ficam com cerca de 30% do nosso lucro, tratem seus parceiros motoboys dessa forma. Além disso, de acordo com denúncias que o sindicato recebe, estão acontecendo entregas de empresas ilegais, não formalizadas perante os órgãos sanitários e fazendários”, afirmou o presidente Edson.
Foto: Roberto Parizotti