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Expansão direto do forno

Menos de dois meses depois de concluir a aquisição das redes de fast food KFC e Pizza Hut, o grupo International Meal Company Alimentação (IMC) deu início a uma nova fase para expandir suas operações e reduzir custos. A rede investiu R$ 30 milhões na construção de uma cozinha com alto grau de automatização, no município de Louveira (SP), que possibilitará a centralização da produção com consequente redução do desperdício de matéria-prima e do custo da mão de obra direta, além de propiciar a padronização dos produtos para todas as unidades. Outros R$ 10 milhões foram investidos para adaptação dos pontos de venda.

Segundo o CEO da IMC, Newton Maia, a nova instalação vai operar no sistema “cook & chill”, no qual os alimentos que saem da cozinha passam imediatamente por um processo de ultracongelamento. Isso permite que cheguem aos estabelecimentos na mesma temperatura e pré-prontos. O único trabalho em cada unidade será colocar o alimento no forno antes de servir. “Esse sistema garante a total padronização dos produtos”, diz Maia. Outra vantagem é o ganho de escala. Se antes eram necessários 240 funcionários em dois turnos para a fabricação de 240 toneladas de alimentos, com a nova instalação será possível fabricar 600 toneladas em apenas um turno com 78 empregados. “Assim, passamos a fazer por aqui o que era comprado de terceiros”, explica o executivo.

Entre as metas de crescimento está a expansão da rede Frango Assado, formada por 25 restaurantes. O grupo pretende abrir pelo menos três unidades por ano nos próximos cinco anos, mas para isso o espaço dos endereços será reduzido dos atuais 2,5 mil m², em média, para modelos contêiner, de 120 m². Assim, de acordo com Maia, o custo de implantação cai dos atuais R$ 15 milhões para menos de R$ 1 milhão. “A diminuição do valor torna viável o sistema de franqueamento”, afirma. Outra novidade será a produção e venda de biscoito de polvilho e pão de semolina com a marca Frango Assado. “O polvilho já é fornecido para as redes Big e Pão de Açúcar. Estamos em negociação para vender o pão para os mesmos hipermercados e outros parceiros.” Empresa de capital 100% nacional, a IMC também opera nos Estados Unidos, na Colômbia e no Panamá. Tem 453 lojas no total (veja abaixo) e fatura anualmente R$ 1,5 bilhão. O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, afirma que muitos restaurantes seguem o caminho de trocar mão de obra intensiva na cozinha por tecnologia. E o fato de a cozinha ter uma localização específica em nada dificulta um plano de crescimento. “A expansão é feita em blocos de escala. Você não entra em outro Estado com cinco lojas e sim com 50, de forma que o processo logístico seja vantajoso”, afirma Terra.

FAST FOOD Os planos de crescimento também envolvem as recém-adquiridas redes de fast food Pizza Hut e KFC. Serão abertas 40 unidades de cada bandeira por ano ao longo de cinco anos. Dentro desse plano está o de colocar uma Pizza Hut em cada restaurante Frango Assado. “Até o final de 2020 esse projeto estará implantado em todos os restaurantes”, diz Maia. Uma das unidades já contempladas é a do Frango Assado de Louveira, o primeiro da rede. A aquisição da Pizza Hut e do KFC proporcionou sinergias que favorecem a empresa na negociação com fornecedores. A compra de frango, por exemplo, passou de 1 tonelada para 2,5 toneladas e a de farinha de 1,6 para 3,2 toneladas. As duas bandeiras colocam o grupo num mercado promissor. Segundo dados disponibilizados pelo Instituto Food Service, entre setembro de 2018 e setembro de 2019, o setor movimentou R$ 248 bilhões. O fast food moderno, no qual se incluem redes como KFC e Pizza Hut, representa 16%, ou seja,
R$ 39,6 bilhões . Os números integram estudo intitulado Consumer Reports on Eating Share Trends, realizado pela GS&NPD.
“O mercado de fast food cresce 10% ao ano. As bandeiras possibilitam a implantação de vários formatos que podem ser franqueados ou não”, conclui Maia.

Fonte: Istoé Dinheiro

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