Tal como acontece com outras bebidas alcoólicas, o consumo de cerveja está ligado aos gostos e preferências de quem o faz. Não à toa existem diversos tipos de cervejas, que se adequam ou não a eles: lager, pilsen, IPA, APA, witt, stout e red ale estão entre os mais conhecidos.
O mesmo acontece com a espuma da cerveja – alguns preferem que o copo seja servido com “colarinho” e outros, sem espuma alguma. O que muitos não sabem, entretanto, é que a espuma tem um papel importante na bebida, e que o ideal é que ela seja, sim, consumida.
Segundo o mestre-cervejeiro da Ambev, Leon Mass, ela é fundamental para a manutenção do aroma, temperatura e sabor da cerveja. “É uma espécie de atestado de saúde ou de qualidade, criando uma verdadeira camada protetora do líquido”, ele explicou. Por isso a recomendação de que a bebida seja sempre servida e consumida com espuma.
Mais especificamente, quando a cerveja é servida com espuma não existe contato da bebida com o oxigênio por conta da “barreira”, o que evita que ela oxide e fique com gosto alterado. Essa “barreira” também faz com que a temperatura seja estável, exatamente por impedir que o líquido e o ar entrem em contato.
Quanto à espessura da espuma, ele diz que não existe uma regra exata, mas que uma camada que tenha de dois a três dedos é suficiente.
É interessante que tal como o líquido, a espuma varia de acordo com o tipo da cerveja. As cervejas belgas, por exemplo, têm espumas mais cremosas – e por isso essas ficam “grudadas” na parede dos copos mesmo depois que a bebida já foi consumida. Cervejas inglesas, por outro lado, têm camadas de espuma mais finas.
Das demais bebidas alcoólicas, a cerveja é a única que tem a presença de espuma, o que dá à bebida uma característica única em relação às outras.
Agora, ao pedir uma cerveja na mesa de bar, você já sabe: se quiser que a cerveja seja mais “pura”, peça espuma ao garçom.
Fonte: Infomoney