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Os 15 golpes mais comuns em viagens (e dicas para evitá-los!)

Viajar proporciona experiências inesquecíveis — mas algumas nem sempre boas. Os golpes de viagem são comuns até mesmo nas cidades mais visitadas do mundo, um risco para os viajantes. Distraídos, com dinheiro no bolso, equipamentos eletrônicos à mostra e nem sempre cientes dos perigos locais, o turista é a vítima perfeita para gente má-intencionada querendo tirar vantagens.

Acredite, nem mesmo viajantes brasileiros espertos estão imunes aos golpistas. São diversas técnicas, das mais simples às mais sofisticadas, desenvolvidas especialmente para arrancar dinheiro do seu bolso — sem violência, mas com muita malandragem. Se você não quer ser mais uma vítima e arruinar suas férias, conheça os golpes mais comuns em viagens e como evitá-los!

1. Golpe do táxi

Táxis costumam ser nosso primeiro contato com o exterior ao desembarcar em um novo destino. Os taxistas costumam ser simpáticos, dar as primeiras impressões sobre o local e até dicas de como aproveitar sua viagem. Mas também há uma minoria que pode tentar se aproveitar da sua distração de viajante e aplicar golpes conhecidos, como o taxímetro adulteradotroco erradonotas falsas e, em casos mais extremos, mudanças de rota roubo de bagagens.

Como evitar:

  • Simule o preço da corrida de táxi online para ter uma noção do preço médio;
  • Exija o taxímetro, fique de olho nos valores e não hesite em pedir um recibo;
  • Para a sua segurança, procure pela identificação do condutor e placa do carro;
  • Evite dar muitas informações pessoais ao motorista. Ele é um desconhecido;
  • Acompanhar o trajeto pelo GPS do seu celular é sempre uma boa pedida;
  • Pague a corrida somente após tirar todas as bagagens do porta-malas;
  • Ao pagar com notas grandes, fale o valor e repita com o motorista;
  • Não se esqueça de contar o troco / verificar a autenticidade das notas.

Em muitos países o uso do taxímetro não é comum. Caso seja necessário combinar o preço antecipadamente, certifique-se que os valores estejam corretos: números em inglês como “19” (nineteen) podem ser facilmente confundidos com “90” (ninety) e causar grandes confusões. Na dúvida, confirme os números apelando para a calculadora do celular.

Caso seu destino seja notoriamente perigoso (ex: Caracas, Joanesburgo…), verifique a possibilidade de reservar um transfer privado diretamente com o seu hotel. Aplicativos de transporte também podem ser uma opção interessante, já que contam com dados e avaliações do motorista, embora nem sempre sejam totalmente seguros (ou indisponíveis em certas áreas).

2. Golpe da troca de dinheiro

Quanto mais você viaja, mais fica vulnerável a este golpe. Em países como Argentina, Irã e Indonésia, sucessivas crises econômicas e inflação tornaram a compra de moedas estrangeiras, como dólar e euro, muito procurada. É comum encontrar estabelecimentos não-oficiais de câmbio e até mesmo pessoas que se oferecem para trocar dinheiro no meio da rua, não raramente à uma cotação acima da oficial. Parece um ótimo negócio, não é mesmo?

Mas não é tão simples. Os riscos de falsificação são grandes. Além disso, você pode ser surpreendido com comissões extrascalculadoras adulteradastrocos propositalmente errados e cotações diferentes da anunciada. Não vale o risco.

Como evitar: Não se iluda com cotações super vantajosas, especialmente aquelas oferecidas em transações informais. Prefira trocar dinheiro em bancos e casas de câmbio autorizadas, exigindo sempre um recibo.

3. Golpe da paquera internacional

Você está viajando para outro país e se depara com uma pessoa atraente. Ela é encantadora, possui uma beleza “exótica”, corresponde a todos os sinais — e ainda ri das suas piadas mal-traduzidas. O que poderia dar errado?

Muita calma nessa hora: embora grandes romances tenham surgido de viagens à Tailândia, drinks descompromissados em bares do Caribe ou baladas do Leste Europeu, às vezes o interesse de um local pode ser prenúncio de um golpe.

Nos casos mais inofensivos, pode ser apenas prostituição disfarçada — onde você acabará sendo cobrado pela, digamos, noite de amor. Outras situações, porém, podem revelar-se bem mais perigosas, como os casos de bebidas dopadas para posteriores roubos e abusos; o popular “boa noite, Cinderela“.

Como evitar: Use o bom senso. Não há nada de errado em um flerte, mas desconfie de situações “boas demais para ser verdade”. Embora mais comum entre homens, mulheres também podem ser vítimas de golpes de paquera. Países como Cuba, Marrocos e Indonésia são famosos pela prostituição masculina e requerem atenção. Outros, como Índia e países árabes, exigem cuidados redobrados pelas diferenças culturais. Um simples sorriso ou toque pode ser mal-interpretado e deixar o viajante em situações desconfortáveis.

4. Golpe do brinde inteiramente grátis

Não existe almoço grátis. Desconfie de qualquer um que tente oferecer coisas gratuitas, principalmente se a abordagem inicial for amarrar pulseiras, “fitinhas da sorte” ou qualquer outro penduricalho contra sua vontade. Além da óbvia cobrança que será feita ao final, os movimentos repentinos podem te distrair e deixar vulnerável a furtos e contatos físicos indesejados.

Como evitar: Não tenha receio de parecer mal-educado. Seja firme e recuse o “presente”. Em caso de insistência, ameace chamar a polícia.

5. Golpe do falso policial

Policiais impõem respeito. Justamente por isso, muitos golpistas se aproveitam de credenciais e até uniformes falsos para se passar por autoridades e obter vantagens. Alguns países possuem leis bem diferentes do que estamos acostumados, e os golpes consistem justamente em aproveitar o seu desconhecimento para aplicar multas indevidas e extorsões.

Não obstante, em países como México e Camboja, há relatos de corrupção policial, onde profissionais reais atuam de maneira irregular, cobrando propinas de turistas em falsas blitz e operações não-oficiais.

Como evitar: Esse é um golpe complicado. É um direito seu exigir a identificação oficial do policial — e em alguns casos, seu dever apresentar a sua. No entanto, você não é obrigado a entregar sua carteira, tampouco ser coagido a ser revistado. Nos casos mais óbvios, solicitar a ida à delegacia ou uma ligação para confirmar os dados pode ser um bom pretexto para identificar falsos policiais.

No entanto, há sempre a hipótese de que você pode ter cometido uma infração. Beber em público, não usar o cinto de segurança e até mascar chicletes (!) são razões suficientes para ser parado pelas autoridades em alguns países. O recolhimento de multa no ato da infração pode ser uma realidade, mas se o valor for “negociável” e o recibo for negado, fique atento ao golpe.

Ao ser parado por autoridades corruptas, há sempre o risco de sofrer com plantação de provas, o que pode piorar ainda mais sua situação. Haja com sabedoria.

6. Golpe da atração fechada

Convenhamos, é necessário certa ingenuidade e muita confiança em desconhecidos para cair nesse golpe, mas ele é surpreendentemente comum. Consiste em ir a determinada atração, como um templo ou museu, e ser parado por alguém próximo à entrada que garanta que a atração esteja fechada naquele dia, alegando manutenção ou feriado. Não satisfeito, o bom samaritano ainda se oferece gratuitamente a levar o turista para outra atração semelhante.

Além de interromper a visitação de um ponto turístico em pleno funcionamento, o golpe é prejudicial por fazer o turista perder tempo visitando outros lugares desinteressantes, como lojas de souvenir, onde o golpista ganha comissões.

Como evitar: Não acredite em qualquer um. Consulte o site oficial da atração para verificar se o local estará aberto no dia da visita. Pesquisar pelos dias de funcionamento e feriados locais também é uma boa alternativa para evitar surpresas desagradáveis.

7. Golpe da “pessoa simpática que só quer ajudar”

Uma variação do golpe #6 é o da pessoa simpática que surge do nada, só para “ajudar”. Está olhando para uma loja de ternos? Ele aparecerá, dizendo que conhece uma alfaiataria bem melhor e pode te levar até lá. Na dúvida de onde ir? Experimente parar no meio da calçada com um mapa e o cidadão milagrosamente aparecerá, com sugestões de joalherias, lojas de presentes ou um restaurante para indicar.

Embora de fato existam pessoas solícitas no mundo e o golpe pareça inofensivo, na maioria dos casos trata-se de alguém em busca de comissões. O fato dele aparecer como se fosse apenas um transeunte, sem segundas intenções, já é o suficiente para levantar suspeitas e duvidar de sua índole. Variações mais perigosas podem incluir a ajuda não solicitada em caixas eletrônicos.

Como evitar: Estamos em 2020, você não precisa da recomendação de nenhum desconhecido. Na dúvida, consulte o Google. Se estiver disposto a contar uma mentirinha, diga que você mora na cidade e conhece a região. O golpista vai se afastar.

8. Golpe da esmola com crianças

Possivelmente o golpe mais triste de todos. Comum em países mais pobres, crianças em situação de miséria são treinadas a pedirem esmolas aos turistas, não raramente utilizando-se de expressões tristes, choros, ferimentos e deformidades físicas (falsas ou não). Vale tudo para atrair a atenção e despertar a compaixão.

Em alguns golpes mais elaborados, há até mesmo mães com bebês de colo que não pedem dinheiro, apenas leite, indicando um mercado para a compra do alimento. O que o turista não sabe é que o comércio está em coluio com a situação e partilha o dinheiro da compra, devolvendo o produto à prateleira.

Como evitar: Não há uma maneira fácil de lidar com isso. A tentação de ajudar com dinheiro é grande, mas lembre-se que geralmente há uma máfia de adultos abusadores por trás destes casos, lucrando com a indústria de pedintes. Caso queira realmente ajudar, ofereça comida ou contribua com instituições filantrópicas locais.

9. Golpe da assinatura (falsa petição)

Imagine a cena: jovens sorridentes vêm em sua direção. Eles possuem crachás, estão uniformizados e têm uma causa a defender! A proibição do terraplanismo, o fim da mineração em Wakanda ou o reconhecimento do Mundial do Palmeiras, não importa. A causa é nobre e tudo que você precisa fazer é assinar seu nome na prancheta.

Só isso basta, certo? Calma. Mesmo que tenham dito que não é necessário pagar nada, você será cercado e impedido de sair até fazer uma generosa doação…

Como evitar: Não saia assinando todo pedaço de papel que ver por aí. Mas caso se veja em uma situação como essa, não tenha medo de bancar o pão-duro. Recuse-se a pagar por qualquer coisa que não tenha sido informada antes — quanto mais eles ficarem nervosos e impacientes, maior a certeza de que era um golpe. Fuja!

10. Golpe do aluguel de carro/moto/jetski

Explorar um novo destino por conta própria costuma ser uma ótima experiência, especialmente quando há a possibilidade de alugar o seu próprio transporte. O problema é que muitos locadores não são confiáveis. No Sudeste Asiático, por exemplo, golpes de aluguel de moto e jetski são comuns. Arranhões e defeitos pré-existentes podem ser cobrados como se fossem causados pelo locatário.

Como evitar: Não alugue transportes em qualquer lugar. Peça referências ao seu hotel, ou busque na internet por agências com boa reputação e avaliações positivas. Leia bem o contrato. Ter um seguro que cubra acidentes é aconselhável. Tirar fotos do veículo no ato do aluguel pode parecer exagerado, mas são evidências ao seu favor e podem ser úteis.

11. Golpe da aposta de rua

Esse é um golpe antigo, bem conhecido nas grandes cidades, mas que ainda engana muitos turistas.

Um grupo reúne-se ao redor de um artista de rua, que com bolinhas, copos, cartas, caixas ou roletas, realiza apostas de embaralhamento e “melhor de três”, além de outras variações de jogos simples. Alguns participantes começam a ganhar dinheiro acertando os desafios propostos, despertando o interesse de quem passa por perto e ache que também tem chances de ganhar.

O fato é que esse golpe dificilmente é realizado sozinho, mas sim por um grupo de pessoas envolvidas no mesmo esquema. Tão logo apareça um apostador real, as chances de acerto diminuem rapidamente. Esse tipo de golpe pode ainda incluir truques de mágica e ilusionismo para garantir o prejuízo do apostador.

Como evitar: Evite apostas de rua, tratam-se de golpes na maioria dos casos — com o agravante de serem ilegais em muitos países, o que pode causar sérios problemas com a polícia. Se realmente quiser participar de jogos de azar, os cassinos de Las Vegas e Macau ainda são suas melhores opções. Boa sorte!

12. Golpe da “super oportunidade” (anel, joia, relíquias…)

Outro golpe de longa data, mas que sempre encontra vítimas, especialmente viajantes mais gananciosos que queiram tirar vantagens.

Uma pessoa aparentando ser humilde e ingênua encontra um anel ou joia e pergunta se pertence a você. Diante da negativa, o golpista diz que não sabe o que fazer com aquilo, mas está precisando de um dinheirinho e, se você quiser, pode comprar o objeto encontrado bem barato… Dependendo da argumentação, há quem pague grandes somas de dinheiro pelo discurso. Na prática, o objeto é falso ou de qualidade bem inferior ao anunciado.

Outras variações deste golpe, comuns nos bazares do Egito e países do Oriente Médio, é a oferta de antiguidades supostamente valiosas, pergaminhos, papiros ou tecidos finos, que na prática são réplicas baratas feitas para enganar turistas. Até mesmo em plena Europa, há quem jure que adquiriu um pedaço autêntico do Muro de Berlim, comprado na feirinha por 3 euros.

Como evitar: Evite comprar joias ou artigos raros e de luxo em viagens, a menos que você realmente saiba o que está fazendo. Tenha sempre cuidado com oportunidades boas demais, elas possivelmente são golpes.

13. Golpe do ticket falso de ônibus/trem/avião

Alguém se oferece para vender passagens de ônibus, trem ou avião com um super desconto. A economia é muito grande, parece um super negócio! Hora de ligar o alerta: possivelmente é um golpe. Você pode acabar ficando sem passagem e perder todo seu dinheiro, transformando a economia numa enorme dor de cabeça!

Como evitar: Desconfie de descontos muito agressivos. Evite comprar tickets com desconhecidos e prefira agências com boas avaliações ou revendedores oficiais.

14. Golpe da falsa rede Wi-Fi

Em tempos onde até carregar o celular em aeroportos pode ser perigoso, convém proteger seus dados e evitar acessar redes Wi-Fi públicas e sem senha. Muitas podem estar vulneráveis a ataques externos de roubo de informações, ou até mesmo propositalmente criadas para enganar os usuários. Desconfie!

Como evitar: O ideal é ter seu próprio chip de internet, mas caso precise de Wi-Fi, opte pelas redes oficiais de restaurantes, lojas e shopping centers, preferencialmente aquelas protegidas por senha.

15. Golpe do engraxate

Um golpe simples e efetivo, com público-alvo majoritariamente masculino, bem comum na Turquia. Ao ver um turista de sapatos, o suposto engraxate começa a andar na frente dele, e deixar sem querer a escova cair. A vítima então, como todo bom cavalheiro, pega a escova do chão e devolve ao engraxate. O profissional, extremamente feliz com a recuperação de seu instrumento de trabalho e disposto a recompensar, faz uma proposta irrecusável: lustrar os sapatos do turista, de graça!

Você já sabe onde isso vai parar, né? O serviço obviamente será cobrado.

Uma outra variação tipicamente carioca do golpe do engraxate é sujar de propósito os sapatos dos turistas (geralmente com mostarda ou algo colorido) e depois cobrar até R$ 100 para limpá-los. Em caso de recusa, o furto é certo.

Como evitar: Simplesmente recuse. Você não é obrigado a aceitar os serviços de alguém, especialmente em “retribuição”. Outra alternativa é andar de tênis/chinelos

Sofri um golpe durante a viagem, e agora?

Ninguém gosta de ser passado para trás. Para nós brasileiros, acostumados ao jeitinho, é ainda pior. Sair do Brasil para sofrer golpe no exterior? Pois é, acontece.

Caso você seja vítima de um golpe durante a sua viagem, procure ajuda. Alguns golpes como aqueles causados por taxistas, ou que envolvam roubos, moedas adulteradas e tickets falsos, podem ser resolvidos com a ajuda das autoridades locais. O ideal é que você tenha o máximo de informações possíveis, como recibos, placas de carro e alguma identificação do golpista.

Dependendo do prejuízo, solicite a ajuda da representação consular brasileira mais próxima para orientações sobre o que fazer em território estrangeiro. Ter um seguro viagem é recomendável.

Note que, em alguns países, a polícia pode ser pouco favorável ao viajante e leniente contra os golpistas. Alguns golpes poderiam ser evitados se o turista também não quisesse tirar vantagens. Situações que envolvam apostas, prostituição, drogas e lucros indevidos serão vistas com desdém ou desconfiança pelas autoridades, complicando ainda mais o seu problema.

Em alguns casos, aprender com o erro infelizmente será a única saída.

Fonte: Melhores Destinos



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