Na última semana, a FHORESP, na qual o SinHoRes é filiado, contabilizou mais de R$ 150 milhões em perdas para o setor de Hospedagem e Alimentação, apenas nos 4 primeiros dias sem energia, após o apagão que atingiu São Paulo e a região metropolitana devido às chuvas e à ventania.
A FHORESP notificou a Enel, reiterando que a distribuidora de energia institua um canal permanente para o registro de reclamações e a abertura e o acompanhamento de chamados de hotéis, bares e restaurantes drasticamente afetados pela interrupção do serviço. A FHORESP também exige ressarcimento aos empresários do setor que tiveram seus negócios prejudicados pelo blecaute, passando pelos dias de não funcionamento e, consequentemente, de não faturamento; pela perda de mercadorias, por ausência de refrigeração; e por equipamentos queimados, devido à oscilação de energia. A Fundação Procon-SP foi copiada em ofício para o acompanhamento do processo.
Segundo a FHORESP, cerca de 250 mil negócios foram diretamente afetados pelo apagão. “Calculamos um prejuízo de R$ 150 milhões, nos quatro primeiros dias de apagão, pois falamos de sete períodos parados, entre almoços e jantares. Os maiores prejudicados são bares, restaurantes, pequenos hotéis e meios de hospedagem, que, além de não poderem funcionar no fim de semana do feriado (Padroeira do Brasil – 12/10), período de maior movimento, ainda estão sem energia e sem expectativa de volta do serviço. Um único dia perdido para um estabelecimento dessa natureza faz diferença no mês todo. As contas, os impostos e a folha de pagamento não cessam”, lamenta Edson Pinto, presidente do SinHoRes e diretor-executivo da FHORESP.
A FHORESP requereu, ainda, que a Enel abra um canal direto de diálogo com a entidade para ressarcir os prejuízos pela via administrava – menos burocrática e, em tese, mais rápida. Caso não seja atendida, a federação já colocou seu Departamento Jurídico à disposição de seus associados, para mediar processos individuais que requeiram indenização por parte da Enel e de outras concessionárias que atuam na capital, na região metropolitana e em cidades do interior. “Não é eficaz entrar com ação coletiva. Cada afetado pelo apagão deve juntar as provas de seu prejuízo, por meio de notas fiscais, fotos e vídeos, e livro-caixa, para se ter ideia do faturamento daquele negócio num dia normal. É preciso provar o prejuízo, individualmente. A FHORESP está à disposição de bares, restaurantes e hotéis para ajudar nisso”.
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